“A construção de instrumentos é fácil, acessível e não exige conhecimentos musicais.
Podem ser percutidos, agitados, tocados com intensidades e andamentos diferentes e
servir para acompanhar danças, canções, teatro…
Esta atividade é de grande valor pedagógico, dado que, entre outros fatores, e por
mais tosco e rudimentar que seja, um instrumento feito pelo aluno tem um significado
especial e permite uma relação afetiva com a música que dificilmente se consegue com
um outro que se compra e que até terá melhor sonoridade. Muitos destes instrumentos
que se encontram nas lojas, são dispendiosos tornando-se difícil a sua aquisição.
Construindo, a partir de variados objectos do dia-a-dia (apelando à criatividade, à
observação do que nos rodeia, e à reutilização, cada vez mais importante nos nossos
dias), instrumentos tão diversos no som, na forma, na cor, os jovens poderão tocar nas
aulas, ter o seu próprio “conjunto” e acompanhar canções, brincadeiras e até sonorizar
trabalhos.
Deste modo aprenderão a interagir e a trabalhar em grupo, a saber ouvir de “outra forma”
e a intervir quando solicitados, desenvolvendo, ao mesmo tempo, o ouvido musical e o
sentido rítmico. E, numa altura em que a imagem “fala mais alto” do que o som, há a
necessidade de tentar despertar o jovem para o mundo sonoro em que vive, motivando-o
para a exploração e imitação de sons tão distintos, como o murmúrio das ondas ou das
folhas das árvores, ou o simples cantar de um pássaro, valorizando e respeitando, ao
mesmo tempo, o silêncio.
E o planeta agradece…”
Paulo Coelho de Castro
Tivemos muito prazer de participar neste workshop.
Salas 3 e 4
Salas 3 e 4
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