quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Do lixo se faz música



“A construção de instrumentos é fácil, acessível e não exige conhecimentos musicais.

Podem ser percutidos, agitados, tocados com intensidades e andamentos diferentes e

servir para acompanhar danças, canções, teatro…



Esta atividade é de grande valor pedagógico, dado que, entre outros fatores, e por

mais tosco e rudimentar que seja, um instrumento feito pelo aluno tem um significado

especial e permite uma relação afetiva com a música que dificilmente se consegue com

um outro que se compra e que até terá melhor sonoridade. Muitos destes instrumentos

que se encontram nas lojas, são dispendiosos tornando-se difícil a sua aquisição.

Construindo, a partir de variados objectos do dia-a-dia (apelando à criatividade, à

observação do que nos rodeia, e à reutilização, cada vez mais importante nos nossos

dias), instrumentos tão diversos no som, na forma, na cor, os jovens poderão tocar nas

aulas, ter o seu próprio “conjunto” e acompanhar canções, brincadeiras e até sonorizar

trabalhos.

Deste modo aprenderão a interagir e a trabalhar em grupo, a saber ouvir de “outra forma”

e a intervir quando solicitados, desenvolvendo, ao mesmo tempo, o ouvido musical e o

sentido rítmico. E, numa altura em que a imagem “fala mais alto” do que o som, há a

necessidade de tentar despertar o jovem para o mundo sonoro em que vive, motivando-o

para a exploração e imitação de sons tão distintos, como o murmúrio das ondas ou das

folhas das árvores, ou o simples cantar de um pássaro, valorizando e respeitando, ao

mesmo tempo, o silêncio.

E o planeta agradece…”



                                                                                                             Paulo Coelho de Castro




Tivemos muito prazer de participar neste workshop.

                                                                                                                       Salas 3 e 4

Sem comentários:

Enviar um comentário